domingo, 26 de junho de 2011

IRA Virtual


O IRA Virtual tem por objetivo fomentar e construir atividades sociais de caráter educacional, cultural, artístico e memorial, além da preservação da memória do cinema e audiovisual baiano. Uma trajetória contada através de equipamentos cinematográficos que definiram os enquadramentos destas histórias, a partir do olhar de um dos grandes nomes da cinematografia baiana, Roque Araújo.

Este projeto visa a criação do primeiro museu cinematográfico virtual do Brasil, a princípio, com a catalogação dos mais de 2 mil equipamentos do cineastra e colecionador Roque Araújo. Atualmente, desenvolvemos um programa de exibições de filmes, exposições e eventos em diversos espaços culturais, com apresentações de especialistas em cinema e historiadores da área. Nesta busca a internet, enquanto plataforma dinâmica, cria novas possibilidades de disseminação, compartilhamento, conservação e preservação da memória cinematográfica contada a partir destes equipamentos.

Com o avanço das projeções digitais e eletrônicas, um museu cinematográfico é crucial para preservação da história do cinema brasileiro. O acervo desse instituto, atualmente, inclui projetores, sistemas de som, lentes e miscelânea de projeção. O Museu contém uma fascinante variedade de apetrechos de cinema, dentre eles há um projetor (com fabricação de somente dez exemplares) e que hoje existem 3 no mundo todo.

Roque Araújo deseja que o acervo, que hoje fica guardo em caixas em uma sala na Dimas (Diretoria do Audiovisual da Bahia) seja transferido para um espaço adequado que possa servir como museu/escola em Salvador. Recebeu proposta para levar os equipamentos para o Rio de Janeiro, Fortaleza, Brasília, Porto Seguro e Cachoeira. Mas sonha poder contribuir para a retomada do cinema em Salvador, de onde emergiram cineastas como Glauber Rocha, Roberto Pires e Edgar Navarro.

Roque Araújo tem 73 anos - dos quais 53 dedicados ao cinema entre Salvador, Rio de Janeiro, Itália, São Paulo e a França. Participou de todas as produções cinematográficas realizadas por Glauber Rocha, além de Redenção (primeiro longa baiano), A Grande Feira, Tocaia no Asfalto, O Pagador de Promessas, Menino de Engenho, dentre outros. Glauber lhe confiou parte do último filme que produziu, A Idade da Terra (1980). Este material deu origem ao filme No tempo de Glauber (1986), produzido e dirigido por Roque Araújo.

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