Depois do sucesso na Europa, no Oriente Médio, na Ásia e na América do Norte, o filme "As Aventuras de Tintin", de Steven Spielberg, chegará ao Brasil no dia 20 de janeiro. Criados em 1929 pelo belga Hergé (Georges Remi), então na casa dos 20 anos, os quadrinhos de Tintin viraram objeto de adoração para milhões de leitores em todo o mundo. Mas o célebre repórter é bem menos conhecido nos Estados Unidos, o que levou os produtores a efetuar algumas modificações: o cão Milu passa a chamar-se Snowy (nevado, em tradução livre) e os Dupont são Thompson e Thompson.
Na trama, Tintin e seus amigos descobrem o caminho que leva até um navio que afundou há muito tempo e que fora comandado pelo Capitão Haddock. Inicia-se então uma longa caçada a um tesouro, sem que Tintin pudesse ter ideia de todos os perigos que iria enfrentar. Spielberg, fã de Tintin há 30 anos, demonstrou confiança ao participar do evento de lançamento do filme durante uma entrevista coletiva em Nova Iorque. O diretor, que tem o apoio do realizador Peter Jackson na execução do projeto, explicou que se trata de filme sobre a amizade e a confiança, sobre a importância de permanecer fiel a seus amigos.
O protagonista é vivido pelo britânico Jamie Bell, que teve de vestir trajes com pontos eletrônicos que, ao serem captados pelas câmeras, permitiram aos animadores reproduzirem seus movimentos. Bell falou sobre Tintin, declarando que o personagem é farol de excelência para crianças, bússola moral que aponta o bom caminho.
A equipe de produção respeitou ao pé da letra a parte gráfica de Hergé, com quem Spielberg entrou em contato pela primeira vez em 1983, pouco antes de sua morte. O roteiro é baseado em três quadrinhos originais. O único personagem totalmente digital é o cãozinho que acompanha Tintin em suas aventuras. Apesar dos riscos, Spielberg já confirmou que Tintin terá uma segunda aventura no cinema.
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